Advogada de Linn da Quebrada presta queixa por transfobia
Cantora foi alvo de comentários preconceituosos em um programa de um canal no YouTube
A equipe de Linn da Quebrada, participante do “BBB 22”, informou nesta sexta-feira que prestará queixa na polícia pelo crime de transfobia cometido contra a atriz e cantora durante um programa em um canal do YouTube.
“A advogada de Linn da Quebrada, Juliana Souza, registrará, às 15h desta sexta-feira, dia 25, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), em São Paulo, boletim de ocorrência em defesa à artista. São, pelo menos, três crimes de transfobia tendo a Linn como vítima, presentes em um link de um programa do youtube e ataques que foram reportados à equipe da Linn por meio da rede social ou por email”, informa o comunicado.
Lina foi alvo de comentários preconceituosos no programa “Tarja Preta FM”, podcast apresentado por Robert Kifer, Arthur Petry, Bianca e Kaio D’Elaqua. No trecho que viralizou nas redes sociais, os apresentadores chamam a artista de “troço”.
“Eu acho que tem que parar de chamar travesti de ela. Começa a chamar de ‘troço’ que aí ninguém vai reclamar. Se alguém me chamasse de ele, eu só iria falar assim: ‘Não, eu não sou ele’”, disse Bianca. “Nossa, mas o ‘troço’ fica bravo lá (no BBB). Fica bravo, né?”, completou ela.
Os três comentam o fato da cantora ter o pronome “ELA” tatuado no rosto: “E aquele troço lá ainda tem ‘ELA’ tatuada na ‘cara’. Acho que deveria ser ainda mais centralizado no rosto porque mesmo assim alguém ainda errou”, diz um dos apresentadores.
“Se algum traveco, alguns trans ouvindo esse programa aqui, liga pra gente. Eu entendo que não é legal, mas talvez a pessoa não goste muito. Mas queria entender mais e queria que uma ‘trava’ ligasse aqui”, finalizou Bia.