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Morre Rita Lee, ícone da música brasileira, aos 75 anos

Cantora morreu na noite desta segunda-feira (8); informação foi confirmada por familiares

A cantora Rita Lee morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos. Ícone da música brasileira, ela deixa o marido, Roberto de Carvalho, e três filhos: Beto, Antônio e João.

A morte foi confirmada em uma nota nas redes sociais da artista. “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em São Paulo, capital, no fim da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”, afirma a publicação.

O velório acontece nesta quarta-feira (10), no Planetário do Parque do Ibirapuera, e será aberto ao público. A cerimônia acontece das 10h às 17h.

Rita Lee descobriu um câncer de pulmão em maio de 2021 e passou por sessões de imuno e radioterapia na lutra contra o tumor. O tratamento teve êxito e, em abril de 2022, a cantora anunciou que estava curada da doença, após alcançar o estado de remissão.

Rita Lee é homenageada no Grammy Latino

Com os 75 anos recém-celebrados em 31 de dezembro de 2022, a artista não sinalizou problemas de saúde nas redes sociais recentemente. Em fevereiro, ainda apareceu em um registro raro no perfil do companheiro .

Rita Lee Jones de Carvalho nasceu em 1947, em São Paulo (SP), filha de descendentes de imigrantes norte-americanos e italianos. Criada no bairro da Vila Mariana, na Zona Sul da cidade, deu os primeiros passos da carreira musical no rock, integrando a banda Os Mutantes com Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, entre 1966 e 1972.

A estreia com o grupo musical foi marcada por seis álbuns, que traziam faixas de sucesso como “Ando Meio Desligado”, “A Minha Menina” e “Dois Mil e Um”. A partir de 1973, iniciou os trabalhos com Lúcia Turnbull na banda Tutti Frutti, expoente do rock brasileiro que projetou a carreira de Rita para o sucesso nacional.

Apesar de dispensar o rótulo de “rainha do Rock”, Rita trabalhou em álbuns neste período que a consagraram com tal apelido, como “Fruto Proibido” e “Babilônia”. Flertando com outros gêneros, como a psicodelia, o pop e a MPB, a artista se destacou pelas composições ácidas e que traziam importantes discursos para a independência feminina.

Em 1976, conheceu o músico Roberto de Carvalho, com quem viveu um relacionamento até a morte e trabalhou na maioria do repertório da carreira solo. No mesmo ano, já grávida do primeiro filho, foi presa por porte e uso de maconha e cumpriu um ano de prisão domiciliar. O episódio foi um dos mais marcantes da repressão da ditadura militar, regime que ainda censurou muitos projetos da cantora.

A partir dos anos 1980, alcançou reconhecimento internacional com uma série de hits: “Doce Vampiro”, “Lança Perfume”, “Baila Comigo”, “Saúde”, entre muitos outros. Os trabalhos com o companheiro continuaram antes e após o casamento civil com Roberto, em 1996.

Com a marca de 55 milhões de discos vendidos, continuou com forte presença na TV e em shows, a artista anunciou a aposentadoria dos palcos em 2012 e lançou o último álbum de estúdio, “Reza”, no mesmo ano. Em 2016, lançou a autointitulada autobiografia, que traz informações íntimas da carreira de sucesso.

Dona de inúmeros hits, a cantora foi homenageada pelo Grammy Latino no ano em que foi curada de um câncer no pulmão esquerdo (2022). Considerada uma das maiores artistas brasileiras, Rita Lee já foi vencedora do Grammy Latino, em 2001, com o álbum “3001”, na categoria do melhor disco de rock.

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